Blog generalista, inspirado na mais inspirada tatuagem que
um combatente do ultramar resolveu gravar para sempre
no seu braço esquerdo!

domingo, 1 de março de 2009

José Megre faleceu ontem de manhã (22 de Fevereiro), no Hospital das Descobertas, em Lisboa, vítima de um cancro nos pulmões. Tinha 66 anos e ganhou notoriedade na década de 80, quando se aventurou a participar, com escassos meios, e sempre ao volante de um veículo ‘made in Portugal’, o UMM (a sigla significava União Metalo-Mecânica), no mítico Rali Paris-Dakar.

Na altura ficou conhecido pelo grande público como o ‘pai do todo-o-terreno’. Alcunha que derivava do seu carácter de pioneiro, vocação herdada do pai, um apaixonado pelos automóveis.

Aos 21 anos foi estudar engenharia mecânica para Londres, especializando-se depois no Japão, nas fábricas da Nissan. Com naturalidade tornou-se preparador e depois piloto de automóveis nas variantes de velocidade e de ralis.

Mas foi pelo ‘todo-o-terreno’ que se apaixonou para a vida. Fundou, em 1982, o Clube Todo-o--Terreno, ano em que participou pela primeira vez no Paris-Dakar (45º lugar). A partir daí, lançou-se numa imensidão de experiências, aventuras e iniciativas que contribuíram para a popularidade do ‘todo-o--terreno’ em Portugal.

Megre tinha outro ‘vício’, as viagens. Começou a coleccionar expedições aos 13 anos, tendo conhecido, literalmente, todo o Mundo. Esteve em todos os países soberanos, 193 nas contas pessoais, ficando a faltar-lhe apenas um, o Iraque. Tinha prometido a si mesmo ser esse o próximo destino, mas a doença cancelou-lhe os propósitos. Era, provavelmente, o português mais viajado.

Sem comentários: