R.I.P K.C

Mais um post nostálgico. Como alguns se recordaram, comemorou-se no passado dia 5 de Abril, 14 anos desde a morte de Kurt Cobain, o vocalista dos Nirvana. A banda e o misticismo inerente ao seu vocalista já preencheram milhões de páginas, quer em formato digital, quer em livro.

Este é mais um daqueles post´s panegíricos que gostaria de dedicar a um artista que em certa forma mudou a minha vida, desde que ouvi em K7 o "Nevermind" nos longíquos anos 90 (1991).

Os anos 80 foram musicalmente, bastante revolucionários...na valência do Pop, com os seus vídeos frenéticos e as melodias contagiantes, o Michael Jackson assumia-se como o rei insuperável.

O rock manifestava-se por bandas como os REM, U2, Pixies, The Cure.

O heavy metal, pontificado por bandas como megadeth ou twisted sisters era estridente, cabeludo e exageradamente masculino(é só observarem os vídeos musicais..os dos ZZtop são um perfeito exemplo da misogonia imposta por essas bandas). Ansiava-se por algo novo e refrescante. A novidade surgiu através de um trio que explodiu de Seattle, terra que hoje em dia é mais associada ao grunge que a qualquer outra coisa.

Os nirvana foram para mim, uma banda revolucionária. Alternavam ritmos pesados com melodias suaves que contrastavam com a voz rouca de Cobain.

Lembro-me do Nevermind e do impacto causado no mundo da música, em especial em Portugal.

Lembro-me do momento exacto em que soube da morte de Cobain (tinha 11 anos, e tava numa aula de educação física e de ter pensado "raios, quem é que vai substituir o Cobain, agora?").

A música representa para mim, uma manifestação de puro niilismo, harmonização caótica. Quando ao Cobain, já li muito sobre os seus excentrismos e a sua extravagância (tenho 7 biografias, 3 delas autorizadas), e apenas posso concluir que era um simples ser humano, profundamente sensível e genuíno, tristemente marcado pelo divórcio dos seus pais, que só se sentia alegre quando tocava guitarra. ..

R.I.P K.C (1967-94)